O que a Guerra nos Ensina Sobre o Espírito Maker na Educação
- Evandro Kafka
- 23 de jun.
- 2 min de leitura
🔍 O que está acontecendo?
Nos últimos anos, especialmente no conflito da Ucrânia, ficou evidente como o acesso à tecnologia e a mentalidade maker — de criar, adaptar e resolver problemas com os recursos disponíveis — se tornaram ferramentas fundamentais, até mesmo em cenários de guerra.
Garagens, salas e pequenos ateliês se transformaram em verdadeiros centros de inovação.
Na Ucrânia, voluntários, startups e até ex-profissionais de outras áreas se uniram para criar o que hoje é chamado de “Army of Drones”. Drones de uso agrícola, de filmagem ou lazer são adaptados para funções de reconhecimento, transporte de cargas e até operações defensivas.
Estima-se que o país esteja produzindo mais de 4 milhões de drones por ano, muitos feitos com impressoras 3D, eletrônica básica e materiais simples .
Oficinas móveis operam diretamente nas frentes de batalha, imprimindo peças, adaptando equipamentos e criando soluções de acordo com a necessidade do momento .
Esse movimento inspirou também exércitos tradicionais, como os Marines dos Estados Unidos, que criaram laboratórios móveis de fabricação digital para uso direto em campo .
O que antes parecia coisa de laboratório, feira de tecnologia ou aula de robótica, hoje se mostra uma habilidade estratégica de impacto real.

🚸 E o que isso tem a ver com a educação das nossas crianças?
Quando olhamos para esse cenário, surge uma reflexão importante para quem educa e cuida de crianças:
Que tipo de habilidades queremos desenvolver nas próximas gerações?
Estamos ensinando nossos filhos apenas a consumir tecnologia... ou também a entender, criar e transformar?
Será que eles sabem como as coisas funcionam? Como se constroem? Como se consertam?
Estamos formando solucionadores de problemas? Pessoas criativas e colaborativas?
A cultura maker nos mostra, com muita clareza, que saber criar e resolver não é só sobre tecnologia — é uma competência de vida.
Por isso, na RobotBox, trabalhamos todos os dias com uma proposta muito clara: ensinar tecnologia na sua essência, sem telas, de forma prática, lúdica, manual e significativa.
Aqui, cada peça montada, cada projeto construído e cada engrenagem que gira tem um propósito maior: formar crianças curiosas, criativas, questionadoras e capazes de construir soluções para o mundo — sempre com responsabilidade, ética e empatia.
Se as guerras atuais nos mostram que quem sabe criar e adaptar tem mais ferramentas para enfrentar desafios, na educação o recado é ainda mais forte: nossas crianças precisam ser preparadas para construir, inovar e resolver — não para destruir, mas para transformar.
O espírito maker, quando bem orientado, é uma das ferramentas mais poderosas que podemos oferecer para formar não apenas futuros profissionais, mas seres humanos mais conscientes, criativos e preparados para um mundo em constante mudança.
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