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Aprender a programar ou saber trocar uma lâmpada: o que vem primeiro?

Evandro Kafka

Atualizado: 24 de jan.



Ok, talvez o título seja um pouco exagerado, mas uma pesquisa recente mostra que uma porcentagem considerável de jovens da Geração Z não sabe trocar uma lâmpada – pelo menos, não na vida real. Quem sabe eles até consigam simular isso em um videogame ou aprendam caso se torne uma tendência no TikTok, mas no dia a dia, essa habilidade parece cada vez mais rara.


A desconexão com o mundo prático

A Geração Z cresceu cercada por tecnologia, aplicativos e assistentes digitais que resolvem problemas com um toque. Enquanto isso, atividades manuais, como trocar uma lâmpada, pendurar um quadro ou consertar algo simples, ficaram em segundo plano. Essa dependência da conveniência e do digital criou uma lacuna em habilidades práticas, gerando insegurança em lidar com tarefas básicas.

Segundo especialistas, isso não é apenas uma questão de preguiça. Muitos jovens nunca foram expostos a essas tarefas, seja porque os pais também não ensinaram ou porque o foco da educação formal está em habilidades tecnológicas e acadêmicas. A conseqüência? Uma geração que pode criar um algoritmo para automatizar a casa, mas que hesita em pegar uma escada para resolver um problema simples.



Habilidades práticas e o impacto na autossuficiência

Não saber trocar uma lâmpada talvez pareça trivial, mas o impacto vai além. A falta de habilidades práticas pode gerar insegurança, ansiedade e até uma dependência maior de terceiros para tarefas básicas. Isso, por sua vez, afeta a autossuficiência e pode contribuir para sentimentos de incapacidade em outras áreas.

No entanto, há uma boa notícia: essas habilidades podem ser aprendidas em qualquer fase da vida. E mais, o aprendizado prático pode trazer benefícios emocionais, como a sensação de realização ao concluir algo com as próprias mãos. Há até iniciativas e programas educativos que reintroduzem habilidades manuais para jovens e adultos, mostrando que equilibrar o digital com o prático é o segredo.



Aprender ou reaprender: o equilíbrio ideal

Talvez a solução não seja escolher entre aprender a programar ou trocar uma lâmpada, mas integrar ambos. Ensinar jovens a serem multitarefas, unindo o mundo digital ao manual, cria uma geração mais preparada para enfrentar desafios do dia a dia. Isso também promove um senso de resiliência e independência.


E quem sabe? Com a abordagem certa, trocar uma lâmpada pode até se tornar um desafio viral – #DIYChallenge. Afinal, a Geração Z tem algo em comum com as gerações anteriores: o desejo de aprender e superar desafios, desde que apresentados de forma interessante e acessível.


Afinal, seja em uma sala iluminada ou em um mundo digital, o importante é estar preparado para fazer ambos brilharem.


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